Felipe Ursini: Obrigado & Me Desculpe! (Vivi! Cansei! Aprendi! Evoluí!)

(Este post eu havia feito em meu perfil no Facebook, no dia 10 de agosto/2016. Resolvi postar aqui)

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Hoje é o meu aniversário, e diferente dos anos anteriores, que quem bem me conhece, sabe que praticamente faço “campanhas sobre campanhas” deste dia... Hoje eu apenas quero dizer “Obrigado” e “Me desculpe”.

Aliás, o que mais tenho escutado nesses últimos meses são coisas como “Você está sumido”, “Você está ausente”, “Cadê o Felipe Ursini? ”, “Você está bem?”. E de verdade, eu agradeço por cada umadessas coisas. “Obrigado”. Eu não passei esse tempo me afastando de ninguém, como alguns devem imaginar; e por isso, eu peço desculpas (e não pensem que eu não notei e anotei cada demonstração de carinho ou desprezo, e agradeço por ambos). Porém, muito pelo contrário, eu passei esse tempo me aproximando de mim mesmo. Eu passei esse tempo me perguntando “Quem é o Felipe Ursini? ”, por que é que as pessoas querem o Felipe Ursini por perto? E pouco a pouco fui compreendendo, e elas mesmas me mostrando. Cada amigo e “amigo”, cada parente e “parente”. E eu agradeço. Até me peguei tingindo o cabelo de preto, e raspando o cabelo... Coisas que eu nunca fiz, e que minha própria mãe disse “Isso não é você! ” (ahahah’), e minuciosamente fui pegando os detalhes de quem seria o “Felipe Ursini”.

Tenho muito a agradecer tudo que vivenciei até aqui. Coisas ruins, coisas boas. Pessoas ruins, pessoas boas. Eu costumava me perguntar “Por que isso está acontecendo comigo? ”, tanto para situações felizes quanto tristes, e finalmente percebi, que tanto coisas boas quanto ruins, no fim, são coisas valiosas. Elas te moldam, elas te ensinam. Elas te fazem evoluir.
Eu percebi que eu passei anos “vivendo para os outros”, na perspectiva dos outros, me ofuscando e vivendo no que “parecia o certo a se fazer”. E isso é um erro estônico. Afinal, a vida é apenas uma, e temos que viver para nós mesmos. Demorou, mas eu observei o mundo e as outras pessoas, e aprendi com meu erro. Percebi que em certos momentos, eu me afastei das pessoas certas, e me aproximei das pessoas erradas. E que em outros, deixei se aproximarem as pessoas erradas, e não deixei as certas.


Eu vivi e aprendi. Experimentei, sorri ou sofri, ri ou chorei, mas vivenciei. Tudo na vida é importante. Aprendi que tudo de bom ou de ruim é uma aula, tudo ensina uma lição. E que devemos captá-la, pois, caso contrário, as histórias se repetem. Percebi que sim, tenho a habilidade de perdoar. Perdoar, e não esquecer, pois do contrário, nada se absorve. Perdoar por descargo de consciência. Perdoar por amor-próprio. Aprendi definitivamente que o contrário do amor e do carinho não são ódio e vingança, mas sim, a indiferença. Aprendi que o contrário da reclamação é a gratidão.


Aprendi a não “guardar para mim” as raivas, pois isso só faz mal a mim mesmo. Aprendi a agir e reagir. Aprendi que assim que com os sentimentos e emoções positivos, também devo sentir os negativos, ao invés de remoê-los. Aprendi que algumas pessoas querem te ver bem, mas nunca melhor que elas. E que as principais rasteiras e puxões de tapetes, vão vir dos considerados “próximos”, pois nem todos que estão ao seu redor, realmente desejam seu bem. Mais vale um inimigo declarado do que um falso amigo. Eu senti na pele. Sofri. E agora evolui. Percebi que mínimos “likes” na rede, demonstram mais carinho e atenção do quê “oi, vamos sair? ”. Percebi que não devo mais gastar meu tempo com quem e o que eu precisar “estar para ser”, e não “estar por querer”, e vice-versa. Aprendi a não compartilhar meus planos e quase conquistas, pois a inveja tem olho grande.


Percebi que algumas coisas que eu considerava qualidades, para outros poderiam ser defeitos, e que coisas que eu considerava defeitos, aos olhos de terceiros, poderiam ser qualidades. Algumas semanas ou meses atrás, conheci algumas pessoas novas, fora de todo o âmbito em que eu me encaixei nos últimos anos, e me pareceu um “despertar”. Eu até chorei em seguida, ao ver que essas pessoas consideravam apenas uma boa companhia, boas risadas e uma foto zoada de um momento perfeito, como coisas importantes, ao invés de uma selfie perfeita, uma página incrível, um artigo caríssimo, apenas para aparecer para os outros como “superior”. Não que eu tenha vivido neste segundo quesito, mas vivendo e convivendo com tanta gente assim, cheguei a me perguntar se ser “superficial” seria o correto. Mas foi podendo fazer “o cálculo” de ambos os lados, e ver quem realmente e genuinamente era feliz, e sorria com satisfação, e não para mostrar o tratamento dentário caríssimo que fez na semana passada.


Tive confirmação de que sou um “bom amigo”, uma “boa pessoa”, alguém “leal e confiável”, no bom e velho senso comum, um empata. Eu provavelmente seria um bom médico (hahah’). E isso é ótimo! E por isso mesmo, vi pessoas que eu jamais imaginei que pudessem ter um mínimo carinho por mim, virem demonstrá-lo. E é claro, outras que doei o melhor de mim, e que apenas me usaram e despejaram. Mas tenho sapiência de que já fiz o bem a um rio de pessoas, e a maioria “desconhecidas”. Vi velhos hábitos e pessoas me “abandonarem” e outras se “aproximarem”. Me “aproximei” de velhos hábitos e pessoas e “abandonei” outras.


Sou do tipo que fica feliz ao ver alguém feliz. Do tipo que sorri ao ver alguém querido se sentindo realizado. Não invejo absolutamente ninguém. Muito pelo contrário, quanto mais eu gostar das pessoas, mais vou querer vê-las bem. E por outro lado, cansei de perder meu tempo com gente que não faz um só elogio, nem a mim e nem a outrem, que só criticam e que só querem o benefício próprio, vulgo “unilateral”.


Não tenho a necessidade de me mostrar para ser “alguém importante”. Muito menos a necessidade de estampar algum bem material para mostrar minha relevância. Quando eu sorrio, meu sorriso é de verdade, quando eu dou risada, meu riso é sincero.


Percebi que consigo atrair e cativar pessoas, sem precisar fingir ser outra pessoa, sem precisar de máscaras, e que já fiz amizades com gente do mundo inteiro... Américas, Europa, Ásia... isso certamente significa alguma coisa. Cansei de ouvir coisas como “Eu achava que você era um nojo de pessoa, por estar sempre quieto e não se misturar, mas depois que te conheci de verdade, te acho um amor de pessoa.”. Percebi que enquanto já fui rejeitado de inúmeras formas, eu era o amigo desejo, inspiração e até mesmo “crush” de muita gente! E sempre tem! Mesmo! Ahaha’
Mas há tantos aspectos na vida, simples, minuciosos, sucintos, que parece que “deixamos para lá” no campo da valorização. Eu tenho uma cama para dormir, água para beber, roupas para vestir, comida para comer.

Portanto, agradeço, e digo OBRIGADO! De coração, a tudo e a todos. Tudo que me fez feliz e sorrir, e tudo que me fez sofrer e chorar. Agradeço a todas as coisas e pessoas que me fizeram sorrir, que me foram leais e verdadeiras, que me fizeram pular, que me fizeram gritar de rir, que me fizeram chorar de alegria, que me deram um chocolate branco ou um milk-shake (quem me conhece, sabe que não poderia faltar isso aqui ahhahaah’). Da mesma forma, agradeço, sem ironia, a tudo e a todos que já me fizeram chorar, que já me fizeram sofrer, que já me usaram, que já me traíram, que já me machucaram. Hoje, vejo que simplesmente, tudo isso, acaba por te tornar uma persona, a desenvolver seu caráter e a sua personalidade. E agora, posso definitivamente considerar que eu sou uma nova pessoa. Eu mudei! Eu vivi! Eu me cansei! Eu aprendi! Frisem estas palavras: Eu mudei!


E agora, completando 24, vinte e quatro anos, duas dúzias de existência, duas décadas e dois biênios, eu posso dizer que percebi coisas que jamais imaginei que perceberia um dia, e que algumas pessoas mais velhas ainda não perceberam. Me sinto abençoado, de certa forma. E peço desculpas, se no caminho eu feri alguém, magoei, fiz sofrer ou chorar. E fico feliz se já fiz alguém sorrir, rir, pular ou chorar de alegria. Agradeço por cada “eu te amo” e por cada “eu te odeio”. Então, obrigado!
E sempre há “o cara lá de cima”, como diz a amiga Xuxa. E sem ele, nada faria sentido. E como diz a “filósofa” Jessica Jung, “You’re a hero, you can fly!”. O novo Felipe diz “Thank you!”, e o velho diz “Goodbye!”.


E feliz aniversário para mim!!! Sem isso, não foi o Felipe Ursini quem escreveu! Hahaah’ 


Abraços.
-F

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